Atividade Cultural

Daniela Costa e Ricardo Casaleiro

Na criação desta obra foi realizada uma pesquisa exaustiva sobre todos os pontos retratados, contando com testemunhos de pessoas locais, ligadas às indústrias tradicionais da região e pesquisa bibliográfica. Esta criação, dos músicos e compositores Daniela Costa e Ricardo Casaleiro, foi estreada a 4 de novembro de 2017 na Casa das Artes de Felgueiras e pretende-se com a edição em livro e cd reforçar o retrato que é feito da região e ser mais um meio de valorização da mesma.

Inês Mendes e Ana Leite

A apresentação contou também com a exposição das peças de cerâmica, que serviram de ilustração dos temas abordados nas canções, criadas pela artista felgueirense Inês Mendes. O design editorial é da autoria de Ana Leite.

O livro Cantar Felgueiras poderá ser adquirido na secretaria do Conservatório de Artes de Felgueiras.

Peça cerâmica de Inês Mendes


Ensemble Fonseca Moreira

A vida cultural de uma localidade é um elemento fundamental na definição da sua identidade e naquilo que a diferencia das demais. A música, em particular, é um bem imaterial acarinhado pelas suas populações pelo poder de gerar emoções fortes na vida social de uma terra. Ela congrega, anima, exorta, alegra. Ela une. É neste espírito de crescimento da vida musical em Felgueiras que apresentamos o projeto Ensemble Fonseca Moreira.

Este projeto nasce da pro-atividade que o Conservatório de Artes de Felgueiras tem apresentado ao longo dos últimos anos naquilo que é a sua missão educativa dentro e fora da sala de aulas, criando diversos projetos de escola voltados para a comunidade bem como diversas iniciativas de programação cultural local.

O Ensemble Fonseca Moreira reúne, em jeito de residência artística, os músicos profissionais naturais do concelho e professores do CAF. Com eles, iremos percorrer diversos locais do município, levando até às populações um formato de concerto que visa aproximar música, músicos e público. Acreditamos que um concerto de sucesso é aquele em que os músicos se apresentam com qualidade, tocam música que gostam e que o público recebe a arte musical de forma emocional e intelectual. Para isso, tentaremos promover uma audição ativa e informada para que o público se sinta parte vital do evento.

O Ensemble poderá apresentar-se em formato de grande orquestra, mas sobretudo viverá da diversidade de pequenos sub-grupos que se formam das confluências artísticas dos seus músicos, permitindo assim uma programação o mais diversificada possível.


Em 2021, com o apoio da DGARTES, o evento evolui passando também a incluir uma série de concertos com alguns dos pedagogos que também estariam a dar formação nas masterclasses. Esses pedagogos são muitas vezes, eles próprios, músicos de enorme qualidade e reputação e a possibilidade de estes poderem realizar um concerto integrado no evento, melhora significativamente o impacto deste nos participantes das masterclasses. Nessa edição, pudemos contar com concertos de músicos tão conceituados nacional e internacionalmente como são a flautista Adriana Ferreira, o guitarrista Dejan Ivanovic ou o clarinetista Jordi Pons. Foi também acrescentada uma série de workshops e palestras com formação certificada, destinados maioritariamente a músicos profissionais, professores do ensino artístico e trabalhadores das artes em geral.

Com esta evolução, o evento passou a chamar-se de EnIMus – Encontros Internacionais de Música
A partir de 2022, a programação dos concertos realizados pelos pedagogos/músicos das masterclasses foi reforçada de com a realização de open calls a projetos nacionais e internacionais e também através de uma parceria com o Prémio Jovens Músicos/Antena 2, integrando alguns dos vencedores desse concurso, nas suas diversas categorias.

Em 2022, as masterclasses (em 12 instrumentos) e os 6 workshops/palestras atraíram cerca de 250 participantes, vindos um pouco de todo país e começando já a atrair músicos/estudantes estrangeiros (Espanha e Grécia).


É com este contexto que foi criado em 2018, o Ciclo Internacional de Concertos de Órgão, em parceria com a Câmara Municipal de Felgueiras, Direção Regional de Cultura Norte e a Rota do Românico, fazendo uma programação de concertos com músicos nacionais e internacionais, adequados e enquadrados com os espaços onde ocorrem.

Um dos elementos diferenciador deste festival é a diversidade de estilos e repertório que pode ser apresentado de concerto para concerto, dada a diferença existente entre os vários órgãos. Por um lado temos o antigo e histórico órgão ibérico do imponente Mosteiro de Pombeiro, que convida a apresentação de um programa de música antiga. Por outro temos o órgão moderno na pequena Igreja de Sendim, capaz de apresentar variado e que demonstre as capacidades técnica e musicais do músico convidado. Pelo meio temos o caricato órgão barroco de 1717 da Igreja de Caramos, restaurado há cerca de 10 anos, em que o organista se vê a tocar fora da igreja e por isso sem contacto direto com os restantes músicos e público. Mesmo com estas condicionantes tem sido possível fazer concertos de música de câmara ou com coro, juntamente com o órgão.